quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Burton,de novo

Ficou parecendo para alguns alunos que a postura de Burton em A Fantástica Fábrica de Chocolates quanto aos adolescentes otários fora um tanto extremista.Eu diria,generalizante?Em uma obra de arte não dá pra se falar de todos os seres.Tanto mais em uma alegoria.Burton se dispõs a fazer recortes, a sintetizar.Afinal, se trata de uma fábula.Lógico que uma fábula um tanto atípica,para o bem de todos nós.
A se considerar que são pouquíssimos os tipos adolescentes retratados,talvez a ótica não seja assim tão amarga quanto pode parecer.
O problematização, em todo caso,diz respeito mais aos pais do que aos próprios filhos:esses que mimam demais ou que temem suas crias,..que estragam seus filhos,enfim.
Um menino escapa e é pobre.Não se trata aqui de um romantismo ingênuo.É que em tal contexto,esse garoto é o excluído do mercado das futilidades que aborve a todos,até os que pensam não serem tragados.É novamente a temática do excluídos em Burton sendo retrabalhada,mostrando até onde os pais podem ser cúmplices desse mercado que visa tragar as crianças cada vez mais cedo para seu seio.É um filme deveras atual.O mercado já mirou com mais força o adolescente ou o adulto.Hoje em dia, esse tipo de esquema não espera mais tanto tempo.
Então,somente um excluído para se safar um pouco dessa.

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