sexta-feira, 30 de julho de 2010

Aquoso- Murilo,Burton,Shyamalan,George Sidney





"O Homem e a Água

As mãos têm hélice, tempestade e bússola.

Os pés guardam navios
Aparelham para o Oriente
O olho tem peixes,

A boca, recifes de coral;
Os ouvidos têm noites pólos e lamento de ondas

A vida é muito marítima"
(Murilo Mendes)

domingo, 25 de julho de 2010

Dos Discursos








Agora,em período eleitoral, inicia a fase dos discursos.
Mas há um discurso que serve para todas as ocasiões, sobretudo as mais solenes. O chamado Discurso Bestialógico, que era mais ou menos assim:



"As manifestações esdrúxulas, com que as irisações metafísicas dos camafeus ditirâmbos fenecem as abóbadas. Ou, para introduzir os eléctrodos, escondem-se nas infestações cíclicas do malthuzianismo sociológico, segundo as leis do Tripanossoma Cruzis.
Eis aí a Ptriríase indócrina da sociologia abstrata, feita de concreto armado pela subministração exotérica da confabulação psíquica".

Uma outra parte: "Vivemos uma era cósmica,cheia de protuberâncias mágicas, nas quais os peripatetismos rolandianos das gosmoses centrífugas escondem-se nas frisas geológicas das linhas matemáticas."
Esse discurso servia e serve àqueles que querem e queriam afirmar uma pseudo-cultura e intectualismo, tal como certos poetas parnasianos que, em sua maioria, buscavam impressionar o ouvinte-leitor. Infelizmente, não me lembro quem o criou tão irônicamente, mas sempre o declamava na escola enquanto adolescente, me divertindo muito.
Como forma de não asfixiamento das obras nelas mesmas ou na vida, Carlos Drummond de Andrade criou também o seu-não em formato de discurso- e que vale como brincadeira para com certos academicismos que não passavam e, ainda não passam em seus nichos, de estéreis.

Exorcismo



"Das relações entre topos e macrotopos
Do elemento suprassegmental
Libera nos,Domine
Da semia
Do sema,do semema,do semantema
Do lexema
Do classema,do mesma, do sentema
Libera nos,Domine
Da estruturação semêmica
Do idioleto e da pancronia científica
Da reliabilidade dos testes psicolingüísticos
Da análise computacional da estruturação silábica dos falares regionais
Libera nos,Domine
Do vocóide
Do vocóide nasal puro ou sem fechamento consonantal
Do vocóide baixo e do semivocóide homorgâmico
Libera nos,Domine
Da leitura sintagmática
Da leitura paradigmática do enunciado
Da linguagem fática
Da fatividade e da não-fatividade na oração principal
Libera nos,Domine
Da organização categorial da língua
Da principalidade da língua no conjunto dos sistemas semiológicos
Da concretez das unidades no estatuto que dialetiza a língua
Da ortolinguagem
Libera nos,Domine
Do programa epistemológico da obra
Do corte epistemológico e do corte dialógico
Do substrato acústico do culminador
Dos sistemas genitivamente afins
Libera nos,Domine
Da camada imagética
Do espaço heterotópico
Do glide vocálico
Libera nos,Domine
Da lingüística frástica e transfrática
Do signo cinésico,do signo icônico e do signo gestual
Da clitização pronominal obrigatória
Da glossemática
Libera nos,Domine
Da estrutura exossemântica da linguagem musical
Da totalidade sincrética do emissor
Da linguística gerativo-transformacional
Do movimento transformacionalista
Libera nos,Domine
Das aparições de Chomsky, de Mehler,de Perchonock
De Saussure, Cassier,Troubetzkoy,Althusser
De Zolkiewsky,Jacobson,Barthes,Derrida,Todorov
De Greimas,Fodor,Chao,Lacan et caterva
Libera nos,Domine".

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Amargo Triunfo-Nicholas Ray(comentário livre,estendido)








Revendo o Amargo Triunfo (The Bitter Victory), de Nicholas Ray, em cópia destacada frente às demais com que já me deparei, pude experimentar uma visão mais concentrada. A obra, de rara densidade no cinema norte-americano de estúdio, talvez encontre alguma relação com alguns trabalhos de Samuel Fuller ou com certos independentes de John Cassavetes.

No filme em questão, os personagens de Ray se encontram com sua sensibilidade à flor da pele, embora na maior parte das vezes não cogitem em demonstrá-la. É que Amargo Triunfo filma, sobretudo, partes brutas de suas consciências, em estado máximo de suas contradições, como poucas vezes se veria no cinema. O filme se passa, na maior parte do tempo, em desertos, com o mínimo de elementos em cena. Estratégia que favorece uma nudez progressiva de consciências e de relação entre homens. Mas ao falarmos em um tipo específico de densidade, ainda não estamos a estabelecer uma analogia com aquele tipo de cinema praticado na Europa, calcado, antes, no existencialismo.Trata-se,aqui, de Shakespeare.


Amargo Triunfo é filmado entre areias, pedras e céu, tendo o deserto como palco, onde falas altivas e meditativas são “recitadas”. Ambiente apropriado para que contradições, alternadas entre desveladas e veladas-intermitentes- evoquem dores do passado, do presente, ciúmes e jogos de poder. Há uma quase absoluta concentração de confrontos e autoconfrontos do espírito e do coração em despojado ambiente, aberto a ares e ventos. A certa altura, um protagonista - Richard Burton-, afirma, um tanto quanto condoído: ”Eu sacrifico os vivos e salvo os mortos”. O filme em questão filma vivos e “mortos”, terra e céu, passado e presente, enquanto covardia e coragem se misturam, a um ponto de se confundirem em meio a um turbilhão de tempestade de areia.

Ray mostra interesse pela postura imponente de seus atores, filmados em planos firmes. Quão mais altivos em sua postura física e em suas falas, mais se revelam dúvidas e fraquezas. O diretor filiou-se dessa feita,como Orson Welles, a William Shakespeare, pelo sentido cósmico do drama e tragédia, em que expressões são encenadas de altos âmbitos, como que rente às nuvens. O andamento é imprevisto. Não se sabe qual fala ou entrelinha formal virá a implodir algo, seja uma situação aparente de “filme de guerra”, seja a linha mínima linha do roteiro, assim como pouco ordenáveis e mínimos são os elementos em cena.

A filmagem se interessa bem menos pelos eixos do que pelas dobras do plano e de seus personagens. Filma protagonistas que, indiretamente e por vezes até mais diretamente, tendem ao retorcimento em ambiente poeirento. Contudo, como reagir em cena frente à opção da direção por um tipo específico de desnudamento, inclusive nas locações? A fisicalidade de expressões humanas encontra uma contenção e dureza de rochas, aliando-se aos cenários, tanto quanto perspicazes e cortantes são as falas. Isso a operar como diálogo com o ilimitado das consciências no espaço-tempo de um filme que se passa em deserto labiríntico, filmado experimentalmente. Ou seja, a valorizar o inusitado dos cortes e do entorno.

Amargo Triunfo é uma obra de meditação, em que cada detalhe em seu cenário rude evoca um drama de grandes proporções, de maneira a desdobrar o “Ser ou não Ser” shakespeareano em “Agir ou se Omitir”,como estratégia quase autofágica de captação de frêmitos do coração e do espírito, a guerrear entre si. Pela força de resistência que implica o tipo de encenação - leia-se: direção - poderia haver mesmo algo do cinema de um Samuel Fuller. Ou mesmo, de um John Cassavetes- como já dissemos- pelos limiares, inclusive de desespero, filmados tão rente aos homens.

Nicholas Ray, contudo, confere antes aqui, um tom Hamletiana à obra. Além de um forte sentido das faltas, a filmar blocos ásperos nos planos, situados em locações abertas entre terra(Terra) e céu, o diretor impôe um tom mítico ao filme. Haverá um forte aspecto moral a implicar jogos de poder, exprimidos em planos rigorosos, conformados à rigidez recuante das consciências, inseridas na natureza pétrea de solos e subsolos. Assim como onipresente é a areia, a encenar ao lado, ao fundo e,às vezes, à frente dos personagens a probabilidade de dissolução dessa mesma rigidez. A que implicaria, antes, vaidade,como dimensão mítica: “E vaidade das vaidades, tudo é vaidade”. Há a culminação de um processo na belíssima cena de tempestade de areia, em que decisões urgentes se impõem durante um período mínimo de tempo e, em meio ao embaçamento filmado de visões e à truculência do local, em que o instante fugaz parece eterno, faz com que a substância tome todo o plano.Com o tipo de alvoroço prolongado em pontos de fuga no enquadramento, a poesia do filme se afirma como transpassamento de uma postura, frente a um possível afunilamento de homens no subsolo físico e de suas almas.

Porém, a obra, além de dispor homens e "formas secretas, duras''-coisas- lado a lado, inclui maquetes de guerra junto a bonecos de pano, onde se vêem desenhados indivíduos privados de rostos. Uma insólita licença poética em trabalho de forte concreção. A câmera, situada entre o concreto e o mítico, transitará, portanto, da dimensão pétrea de seres e cenários a símiles de humanos, aparentando nonsense ou mesmo um leve tino de humor negro. O que configura, antes, delineamento de nuances no tom da parábola visual, em que pelas brechas do sistema de estúdios e de uma suposta literalidade, homens moralmente aleijados convivem, não somente com mortos físicos e lembranças evitadas do passado, como com suas próprias marionetes, em contexto de questionamento de identidade em radical e tortuosa inserção na terra(Terra).

Ou seja, no palco de cinema, personas, marionetes de si mesmas, transitam de um estado de esvaziamento a ecoar maquetes de guerra, a um estado de alma e de razão que, levado ao limite, em encenação elegante e brutal, irrompe como autoenfrentamento em cenário árido. Contudo, na aspereza da obra, Nicholas Ray permanecia poeta no sistema de estúdios de Hollywood. Consciente,antes, da emoção, mesmo que por vezes “bruta”, impressa em cada dobra filmada. De maneira que cada ideia ou respiração em cena se constituía como ratificação ou retificação de um estatuto de consciência, ora a batalhar contra si, ora a se atormentar ao ponto de um novo, inevitável afloramento.

Como notamos, por exemplo, no plano de encerramento, em que a expressão do ator no instante de sua implosão moral, nos aparenta mutismo.O diretor, em rápidos segundos, meditará cinematograficamente, com precisão e beleza( ou beleza na precisão), sobre o que seria- ou poderia ser- a constituição de uma identidade.

sábado, 10 de julho de 2010

To Play(Continuação)






Dando continuidade a dois filmes para cada diretor:


Abbas Kiarostami - Gosto de Cereja e Onde fica a casa de meu amigo?

Ode à prospecção do mínimo na vida.
O minimalismo do segundo influenciaria diretamente o conhecido Balão Branco, de Jafar Panahi

M.Night Shyamalan - Fim dos Tempos e A Vila.

O suspense calcado no nada ou no imaterial, junto a um novo sentido do contemplativo para o cinema ocidental, materializados por um herdeiro da Índia.

Billy Wilder - Se meu apartamento falasse e Crepúsculo dos Deuses.

No primeiro, o sublime e a irrisão em equilíbrio e alternância. Soma, em uma palavra. Obra-prima.

No segundo, um museu abandonado de/por Hollywood, e seus cadáveres empalhados, em desfile para as câmeras de B.Wilder.
O diretor em complexo domínio de atmosferas, em uma obra que, como Um Retrato de Mulher (Fritz Lang) ou Um Corpo que Cai (Hitchcock), aponta a imagem como instância consumidora do homem, mas em escalada industrial.
Filme atual pela situação narcísica daquele (ou daquela) que se torna escravo do olhar e da miragem do desejo do outro, como alimento para seu sentido de vida. Nesse caso, a “inexistência” de si, a fantasmagoria da imagem tende, no desenrolar da obra, a crescer, a um ponto de se autoconsumir no/ e com o espectador no plano de desfecho.

Nicholas Ray - Amargo Triunfo e Sangue sobre a neve

No primeiro caso-aparentemente um “filme de guerra”-, o cinema de estúdio norte-americano a passar por uma experiência quase autofágica em sua aspereza.
Trata-se de drama Shakespeareano passado em desertos, filmados experimentalmente.

Já no segundo, Ray fez como Vincente Minnelli, a investir Hollywood de plena poesia, sem vãos pudores.

Michelangelo Antonioni - O Eclipse e Blow up

Para começar, Antonioni transita, em mesma obra, de um radicalismo objetivo até chegar ao furor da abstração, levando ao limite expressivo a experiência iniciada com o filme A Aventura, em torno da aporia moderna e da crise burguesa.
Aqui, como implosão extremada do cinema enquanto instituinte de ordem e de representação, seja ela realista - de observação-, intimista ou teatralizada.

Já na obra filme homenageada por De Palma em Blow out, as instâncias do objetivo e do subjetivo se confundem ao ponto de provocarem a imersão e dissolução dos personagens na imagem e sua cultura imperativa.

Tim Burton - Edward mãos de Tesoura e O Planeta dos Macacos.

De início, pensei em Batman,o Retorno, mas ainda cabe uma protelada revisão.

Permanece o segundo por constituir uma estranha superprodução na maneira de enxergar modos de vida com insólito humor - seja ele selvagem ou propositalmente patético-, calcado em anticlímaxes no limiar do terror. Mais horror do que terror, é verdade.

O ambiente e atmosfera de arquitetura gótica dos primeiros Batmans do diretor, em que formas estilizadas, sombrias voltavam-se contra e para si mesmas, reinstala-se, dessa feita, em catacumbas inscritas nos desertos ou em moradias.
Tal medievalismo e seus signos ancestrais de poder e de autocentramento sombrio dos seres, equivalerá, nessa ficção personalizada, ao evocado contexto de nossa civilização informatizada que, quanto mais “progrediria”, também mais se voltaria para e contra si mesma.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sem Choro nem Vela


FOI-SE A COPA?


"Foi-se a Copa? Não faz mal

Adeus chutes e sistemas

A gente pode, afinal, cuidar de nossos problemas

Faltou inflação de pontos?

Perdura a inflação de fato

Deixaremos de ser tontos se chutarmos no alvo exato

O povo, noutro torneio,

Havendo tenacidade, ganhará, rijo, e de cheio, a Copa da Liberdade."


(Microlira de Drummond)


“Deus lhe deu inúmeros pequenos dons que ele não usou nem desenvolveu por receio de ser um homem terminado e sem pudor.”


(Clarice Lispector)

domingo, 4 de julho de 2010

Kinks-nota






Acima uma das obras chaves dos Kinks,banda inglesa que iniciou carreira nos anos 60.

Quando os Beatles pisaram em terra norte-americana,foi como ter pisado na Lua naquela década.
A esperteza de Brian Epstein, empresário da banda,em convocar pessoas a ir ao encontro da banda no avião foi uma de suas estratégias marketeiras mais bem sucedidas.
Posteriormente,haveria um factóide sobre uma fictícia morte de Paul McCartney,tão espalhado, que fez com que a banda revendesse discos que,já por um tempo, permaneciam travados nas prateleiras.

Quando os Kinks chegaram aos USA, já de cara enfrentaram as rígidas leis protecionistas do país, tendo sido barrados.

Se no caso do marketing dos Beatles,o mundo pop só teve a ganhar.No segundo, teve a perder. A não ser no caso dos próprios garotos de Liverpool,por exemplo, que revelaram influência da banda barrada no baile da exportação,assim como os últimos assimilariam elementos dos primeiros. Lennon,por exemplo, elogiaria, com destaque, a banda de Ray Davies em entrevista.

Os Kinks utilizaram cítaras precocemente em sua música.Para quem conhece See my friends,por exemplo.Ou possa conferir. Traçaram um retrato agridoce dos ingleses,
foram irônicos com a burguesia, com os seguidores das modas,etc.

Reza a lenda que criaram a distorção na guitarra elétrica,obra de Dave Davies,guitarrista e irmão do compositor da banda, a amputar uma parte do amplificar de som.

Estabeleceram para si, de início, tanto uma espécie de sonoridade protopunk,tocada com solidez e grande pegada,como posteriormente, uma bem humorada filiação ao vaudeville,à tradição do music hall inglês.
Partiram,por vezes, para um art rock,sem resvalar de todo para o progressivo.
Foram,sobretudo, contundentemente líricos,como o prova o disco da foto,uma espécie de ópera rock sobre uma vila inglesa, local onde se retomaria um ambiente de vida calcado na simplicidade.

Nesse caso, a sofisticação da banda se mostraria pontuante,como esforço,trabalho,experimento, para se atingir, por outro lado, o clima proposto de espontaneidade.

Enfim e, no fundo,o disco é uma festa,uma celebração, sem grandes desbragamentos dionisíacos(não eram,afinal,os Stones),mas com grandioso humor e imaginação.
Um dos grandes elogios do despojamento lúdico na arte.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quem cuida do Brasil?





Poderia aqui ,nesse espaço algo tênue,tecer algum pretensioso comentário sobre a Copa do Mundo,e os jogos do Brasil.

Mas,por um lado, é que não entendo mesmo nada do assunto,embora tenha lido com gosto os Manuais do Zé Carioca, nosso melhor jogador, junto a Pelé,Tostão,Zico e Garrincha . Que me perdoem os ditos anti-imperialistas.

Se algumas Copas foram (mui)bem armadas,outras certamente emplacadas com engenho e arte.
Poderia,mais pretensiosamente,falar também na já chamada "Sociedade do Espetáculo', visada por Guy Debord,atualíssimo e oportuno.Mas seria mais oportunismo que certas jogadas de times em campo e, talvez, a pior das malandragens.

O que mais me chama a atenção nesses casos é que, durante o período dos jogos do Brasil, nos tornamos patriotas de mão cheia, amamos nosso país,como um símbolo eterno, inscrito com gana e garra em nossos peitos. Delegamos a um time,o lugar de totens em nossas parcas vidas, em nosso esquivo sentimento de inferioridade que,por breves instantes, buscará desesperadamente sua compensação no furor de catarses programadas ou prefabricadas.

Ok,somos brasileiros! Devemos estimar o Brasil, independente do que isso venha a ser.
Mário de Andrade e Drummond,por exemplo, lutavam com afinco por descobrir.

Acontece que, no período dos jogos, nos apegamos tanto ao totem, a um modelo simbólico de identificação, que não passaria de um objeto fetiche a negligenciar a constituição do sujeito. Uma vez reconhecido como mero objeto, uma real individuação pode ocorrer. E,quem sabe uma descoberta do Brasil.

É Brasil!

Mas,acabado os jogos,voltaremos a esquecê-lo, como velho hábito e reprogramação,neglicenciando sua saúde, a cultura, educação, diluídas em momentos bombásticos ou histéricos?

Nos restará,por fim, uma pálida memória de um simbólico verde-amarelo, ao som de gritos e gemidos, enquanto velhos tabus socioculturais permanecerão, como os papagaios da buzina?


Ps-Apesar dos supostos clichês aqui mal trançados, por lidar com alunos- inclusive do Ensino Médio-, quem sabe poderiam desencadear conversas algo frutíferas ou não, como prolongamento no/do momento.