sexta-feira, 16 de novembro de 2012



"...

Ao longo do filme, Feathers espera ouvir justamente isso de Chance: que ele a ama. Compreenderá que o xerife tem maneiras estranhas de dizer essa frase bem simples.


Por outra, o que Hawks faz é justamente demonstrar o quanto essa fra

se é complexa.

No caso de Chance, a principal resistência é mais ou menos a mesma de todos os filmes de Hawks:


Primeiro, a mulher é um acontecimento indesejado na vida do homem, na medida em que desorganiza uma ordem masculina construída em torno do trabalho.



Aqui, entra o aspecto o mais polêmico aspecto de sua filmografia, para muitos construída em torno da masculinidade.


É uma meia-verdade. O que Hawks constrói, plano após plano, é a tensão entre o masculino e o feminino.


Nesse sentido, foi o cineasta que mais profundamente percebeu a "mulher moderna".


A companheira de Chance é, ela também, uma profissional, que se integra à vida do homem, mas não renuncia à dela. Ela o entende e o força a entendê-la."


Notas sobre "Rio Bravo", de Howard Hawks.


( I. Araújo).

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