sexta-feira, 27 de maio de 2011

Código Aprovado, Amorim e classe média





A maioria dos textos aqui postados, sobretudo os que não são de minha autoria, tem como intuito trabalhar pontos de partida para discussões em sala de aula, ou algum outro local.


Portanto, não são todos os que endossaria em gênero, número e grau.

Aliás, garantir mesmo só os de meu próprio punho.


Ainda assim, devo dizer que a grande maioria deles é endossada, tal como o sobre a cobertura da mídia ao caso do assassinato em Realengo. Mas o mesmo não posso dizer que tenha se dado, por exemplo, com o texto de Amorim sobre o Código Florestal.


Continuo aqui a defender minhas palavras sobre a visão fragmentada que a “classe média de James Cameron” apresenta da questão, que se trata de uma espécie de "causa” única e chique, etc. Fato, contudo, é que somente uma mudança na maneira de pensar certos modelos de vida levaria a uma postura de menor poluição.

A cultura do consumo prossegue enraizada, como a principal a lançar toda sorte de lixo tóxico no planeta.

E, até onde saiba, a grande maioria não pretende abrir mão da substituição contínua de “lixo descartável”. Muito menos no Brasil: trocar seus chiques carros por luta por um melhor transporte coletivo, ou por locomoções menos poluentes.


Logo, seríamos quase todos responsáveis. E justo a classe média que se autonomeia ecológica.



Já sobre a aprovação do novo Código Florestal, posso dizer que domino pouco o assunto, mas que não deu para bem digerir o texto do PHAmorim, que me parece conivente com a “eterna” bancada ruralista no país.

Chegar em um local- tipo Região Norte, por exemplo- como se fosse Terra de Ninguém, e daí a estabelecer suas próprias leis, como em espécie de faroeste caboclo, não deveria ser encarado como algo tão normal assim.


Portanto, a isenção ao dito pequeno proprietário não convence, por haver muitos desses chamados “pequenos” que são simplesmente sonegadores e, dessa forma, nunca revelarem seu real e aquisitivo poder.

Geram emprego? À custa de escravidão, na maioria das vezes: apanhadores de café, açaí, etc.


Portanto, quem seria, Amorim, em vias de fato, esse dito “pequeno proprietário”? Conheço quem se nomeie como tal, mas que é cheio de espécime oculto.

Sei que é tema polêmico, mas que também essa história de Código é uma enrolação a mais para não tocarmos no proibido tema da reforma agrária... tão protelado, quanto velha é a bancada ruralista...

Falei palavra proibida?


A ocorrida aprovação ao Código hoje me parece lamentável, como retroalimentação do estagnado.

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