terça-feira, 21 de setembro de 2010

Comunication Breakdown






Como temos trabalhado no arco profissional do Projovem Urbano,o eixo temático Comunicação, não dá pra fugir dos chamados meio de comunicação de massa,como a famosa TV,for exemplo. Embora,a meu ver, a comunicação, conforme o contexto que a temos estudado, pressuponha alguma interlocução ou interação.

A tv fala comigo,mas não costuma me dar ouvidos.Com as raras exceções de programas que aceitam cartas de telespectadores, muitas delas lidas na hora.

O caso brasileiro tem suas especificidades,não somente por seus canais terem sido gerados via concessão, como também pelo fato do país nunca ter respeitado a lei anti-trustes, e muito menos a máxima de que, quem produz, deve evitar exibir e vive-versa.
Ainda assim, dentro de um sistema do arco da velha, alguém dirá: há o controle remoto.

Ok.Mas não sejamos ingênuos ao pensar que, mudando de um canal para outro,estaríamos evitando uma profusão de falácias, ou outras formas de concentração enorme de poder como a anterior, num contexto que se nomeia como de pluralidades.Somente-se for- no caso da pluralidade de um polvo,com suas várias garras, sem ainda apelar para os Mil Olhos do Dr.Mabuse,o hipnotizador mais consagrado do cinema.

Há quem, na defensiva, queira contra-atacar, retomando a velha conversa de censura.Mas se esquecendo,infelizmente,que a dita cuja já existe,e muito bem.Para o que bem lhe convém.

"No Brasil, o Sistema Central de Mídia é estruturado a partir das redes nacionais de televisão. Mais precisamente, os conglomerados que lideram as cinco maiores redes privadas (Globo, Band, SBT, Record e Rede TV!) controlam, direta e indiretamente, os principais veículos de comunicação no País. Este controle não se dá totalmente de forma explícita ou ilegal. Entretanto, se constituiu e se sustenta contrariando os princípios de qualquer sociedade democrática, que tem no pluralismo das fontes de informação um de seus pilares fundamentais.

Desde a década de 60, a configuração do sistema de redes nacionais foi sendo construída com duas características básicas: forte apoio dos recursos públicos e um modelo de negócios baseado na afiliação de grupos regionais privados a esses conglomerados nacionais. Até hoje, cerca de um terço das prefeituras municipais e outra parcela substancial de empresas públicas estaduais financiam a interiorização dos sinais das redes comerciais.

O gráfico mostra o número de veículos ligados às redes nacionais de TV identificadas pelo projeto Donos da Mídia. E, por exclusão, aqueles que não possuem relação de dependência com elas. Considera-se veículos vinculados às redes nacionais todas as emissoras de TV geradoras ou retransmissoras do sinal da cabeça-de-rede. Além disso, estão incluídos todos os demais veículos controlados pelos grupos regionais afiliados. Neste último bloco, são contabilizadas as estações de rádio, jornais, revistas e operadoras de TV por assinatura.

34 é o número total de redes de TV no Brasil
1511é o total de veículos ligadas às redes de TV e a seus respectivos grupos afiliados no País.

Veículos vinculados às redes

O registro abaixo mostra a proporção entre veículos vinculados às redes de TV e veículos independentes.

das redes de TV

Rede
Veículos Globo
340
-
SBT
195
-
Band
166
-
Record
142
-
EBC
95
-
Rede TV!
84
-
MTV
83
-
União
66
-
PlayTV
63
-
RecNews
42
-
Cultura
40
-
Família
27
-
Sesc TV
20
-
Aparecida
17
-
CNT
14
-
RBT
14
-
Vida
13
-
Canção Nova
12
-
Gênesis
11
-
Gospel
11
-
Gazeta
11
-
RMTV
10
-
RBN
10
-
Rede Diário
7
-
MixTV
5
-
RIT TV
4
-
Mercosul
3
-
Nazaré
2
-
Séc. 21
2
-
Shop Tour
1
-
NGT
1
- "

Agradeço ao blog Os Donos da Imprensa.
O propósito aqui não é demonizar a tv,mas informando,problematizar um pouco-quem sabe?- um sono hipnótico.

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