" Uma eleição é o pior momento para debater qualquer questão que seja.
As pessoas precisam ser " a favor" ou "contra". Ninguém argumenta. Cada um apenas reafirma abstratamente sua identificação.
Com isso, inevitavelmente essas discussões monosprezam, atropelam e violentam a vida concreta de todos."
(Contargo Caligaris)
No calor das eleições, há os fundamentalismos prós e contras.
Dos contras, já se foi muito falado.
Dos prós, a atitude é semelhante, seja citando "argumentos de autoridade", tipo: "Fulano já falou", "o país (pretensamente mais avançado) já fez",...
Um país pretensamente mais avançado não quer dizer que o seja, necessariamente, em tudo. Se não nele(s) não haveria, por exemplo, xenofobia acirrada, entre outras. Nesse caso, seriam os países da Europa? E nosso olhar permanece contaminado por um dogma de eurocentrismo.
Não dá para desqualificar o "outro lado" com argumentos igualmente autoritários. É o que trava o debate, com as respostas chegando prontas de ambos os lados. Como se as vidas, em suas particularidades, pudessem ser tratadas como receitas de bolo.
Trocar uma receita por outra é negar a política em seu dever de saber prolongar e mediar conflitos. Por isso, o comentário de Caligaris me parece ser, no momento, o mais apropriado.
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