sexta-feira, 28 de setembro de 2012



"O musical oferece ao personagem a possibilidade de cantar ao mundo sua alegria ou sua tristeza.

Assim sendo, está mais apto que os gêneros ditos naturalistas a representar de forma direta, imediata aos sentidos, alguns aspectos da existên

cia:

A continuidade de nossa vida mental ou de nosso “monólogo interior” (expresso pela canção-monólogo),
O pertencimento do indivíduo à comunidade e ao mundo (coreografias coletivas),

O diálogo do corpo com os espaços que o acolhem ou o oprimem,

O desejo de se deixar levar por um voo da imaginação ou de sacudir o mundo com as vibrações de um sentimento.

O musical realiza o que Alexandre Astruc afirmava ser a quintessência da mise en scène cinematográfica: “prolongar os elãs da alma nos movimentos do corpo”.

( Rancière)

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