quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Nazi- beleza ( parte 1)







A professora de jornalismo e comunicação de massa da Universidade de Iowa ( EUA), Meenakshi Gigi Durham, identifica os mitos criados pela mídia no tratamento da sexualidade com efeito nocivo para o desenvolvimento das meninas e a liberdade das mulheres.


É imposto às crianças e jovens certo padrão de beleza. E, como as imagens de garotas estampadas nas revistas são irreais, as meninas têm que comprar produtos que vão de cosméticos às cirurgias plásticas para atingir a perfeição de serem “sexies”, e outros aspectos de suas vidas são relegados a segundo plano. A socialite Paris Hilton é a principal modelo a ser seguida, assim como o grupo Pussycat Dolls.


Grifes como Victoria´s Secret e cantoras como Aguilera, Britney Spears, Lady Gaga e suas similares pelo mundo afora se apresentam como paradigmas.


Durham faz sua abordagem demonstrando que a mídia destinada aos jovens é em boa parte dirigida por mulheres, mas sujeitam-se à vontade do deus mercado. E a mídia usa essa fase de descoberta das adolescentes, inculcando-lhes ainda mais insegurança a fim de vender seus produtos.


Segundo Durheim, “examinar com rigor esse efeito permitirá desvendar os mitos que compõem o espetáculo da sexualidade das garotas na cultura pop convencional.


“A sexualização das meninas nos ambientes aparentemente seguros, não realistas e fantasiosos da mídia e da publicidade age com o fim de legitimar o uso da sexualidade das garotas para fins comerciais.


As imagens difundidas não são reais nem realizáveis, “corrigidas” por softwares de computador criam perfeições inexistentes- em meio à páginas sempre acompanhadas de anúncios de beleza.

A mídia é tão persistente que a confusão fica ainda maior na cabeça das adolescentes, e o apelo já é feito para crianças de até 8 anos de idade. Segundo Durheim, há brinquedos nos USA da chamada “Dança do Poste” destinados a meninas de 1 a 2 anos.


2-


Recentemente, a APA apresentou um relatório no qual afirma que tal exposição na maioria de revistas, televisão, videogames, videoclipes, filmes e letras de música são nocivas para o desenvolvimento de garotas adolescentes.

O que pode levar “à complicação da auto-estima, depressão e anorexia”, entre outros aspectos. A pesquisadora Durham mostra que na mídia convencional “já não se diferencia mais anúncios de matéria jornalística”.


3-

Em seu livro, detecta cinco mitos nos quais a mídia se baseia para vender mais produtos:


Um deles é “A Anatomia de uma deusa do sexo”. O modelo visto como ideal para as garotas tem de ser: magra, de preferência loira de cabelos longos, ao estilo Boneca Barbie. Para tanto, publicitários chegam ao disparate de vender cremes para branqueamento de pele na África e na Ásia.


Segundo Durheim, até produtos proibidos nos países de Primeiro Mundo por ameaças à saúde, são vendidos aos demais. “As indústrias da moda, das dietas, dos exercícios físicos, dos cosméticos e da cirurgia plástica geram lucros anuais de bilhões de dólares” e confirma a publicidade é a espinha dorsal da mídia”.

(Continua...)


Photo- A capa da revista Veja foi escollhida pela passagem: " Elas queriam ser da Marinha, atletas, modelos... ".

Por meio da manchete em texto e subtexto - mensagem subliminar- parece que se trata de tudo o que uma mulher poderia ser a fim de que Seja, em conformidade com a ideologia em praxe.

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