segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Estereótipos nos papéis


 Desde a vinda de  Caminha ao país que já foi formada a cartilha portuguesa: uma visão exotizada dessa terra , que seria, em grande parte, copiada  por nossos poetas e romancistas no  movimento romântico.

 Claro que, em pouco tempo, o olhar "de fora" para os índios  chegaria para os negros, que  precisaram ser igualmente estereotipados a fim de  serem escravizados e, dessa forma, lançados para os guetos. 

Temos - gratias-  hoje certas mulheres do funk- mais espertas- a mencionar o estereótipo da "mulata exportação". 

E,  já antes disso, Noel Rosa  a cutucar os estereótipos,  gerados por gringos,  em uma música sobre leilão brasileiro:  a "ideia de mulata" ( não a mulata real )  ficou tão estereotipada  que,  em sua canção "Quem dá mais?"  vende-se o país inteiro ao exterior junto às chamadas "mulatas de exportação".

E como  somos  servis a olhares  "de fora". 

Ps- Uma dessas visões estereotipadas- e  já desmentida por várias vezes-,  é a de que o negro seria  necessariamente  "melhor de cama do que o branco", ou de que o  latino-americano seria, nesse quesito,  melhor do que um europeu, por exemplo. 

O que se comprovou é que nem sempre o que aparece como tal se dá- literalmente (?)- entre 4 paredes. Ou seja, que as coisas são mais individualizantes do que um mito generalizante.

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