sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Imagem nas Escolas (continuidade)-Tvs e cia





Dando prosseguimento ao assunto "Estudo dos Signos nas escolas", talvez seja necessário mencionar que alguns dariam preferência ao termo "indústria cultural" (a substituir cultura de massa). Quem sabe apenas uma questão de nomenclatura para o que temos proposto para o contexto.

Teixeira Coelho, professor de Comunicação e Artes- não sendo exatamente o que chamaríamos de apocalíptico- não pega assim "tão leve", como podemos notar a partir da seguinte abordagem:

“A indústria cultural vem operando com signos indiciais, e, assim, provocando a formação e o desenvolvimento de consciências indiciais. Isto é: tudo, signos, consciências e objetos, é efêmero, rápido, transitório; não há tempo para a intuição das coisas, nem para o exame delas: a tônica consiste apenas em "mostrar" (ocultar?), indicar.

Como ocorre com o índice, não há revelação, apenas constatação, e ainda assim, uma constatação superficial- o que funciona como mola para a alienação. O que interessa não é intuir ou argumentar, propriedades da consciência icônica ou simbólica; apenas operar.

A capacidade de interpretar o mundo iconicamente, de distinguir o “sentido” nas coisas, vê-se diminuída. Do mesmo modo, a possibilidade de proceder a uma interpretação simbólica do mundo e reuni-las em teorias fundamentadas. O que prevalece é ver apenas o signo indicial das coisas.

O índice não se deteria no objeto visado, nem em nada- não permitindo penetrar intuitivamente nele, ou conhecer seu processo "lógico".


E não é apenas no mundo da indústria abordada que prevalece esse processo. Na verdade, ele está na base de nosso procedimento de compreensão do mundo, particularmente tal como esse procedimento foi formulado e delimitado pela visão tecnológica da sociedade: visão que se preocupa com o rendimento e a “eficácia” dos processos, ou seja, apenas com seu lado operativo”.

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