Para Mizoguchi, grande cineasta japonês, parece não haver distinção material, ontológica entre o universo empírico ou vivido e o universo imaginado, fantasmagórico/espectral. É o que nos aparece em Contos da Lua Vaga, essa obra esplendorosa em que tudo, tanto o realismo telúrico mais cru e o universo das obsessões fantasmáticas são parte de um mesmo imbróglio, ou seja, de uma mesma realidade. Seja como lenda com ecos de aspereza, ou como "neo-realismo" telúrico com prolongamentos espectrais e supra/reais, todos são parte de um mesmo equilíbrio, de uma mesma unidade.
"Esse filme conta-nos a aventura do homem perante a vida e que tem de optar entre a sua profunda realidade e a aparência de sua realidade, a do artista perante a sua arte, tentado a escolher a beleza pura e enganadora contra a verdade da beleza da verdade e a verdade da beleza. É que vida e arte não são senão uma só e mesma experiência, uma exterior, outra interior:uma objetiva, outra subjetiva"( Jean Douchet).
Precisamos lembrar que nesse conto moral, quando as personagens voltam à terra e abandonam sua vãs ambições/obsessivas, o telúrico mais áspero reencontra uma atmosfera de onirismo aéreo, do ar do espaço sobreposto à terra em que estão detidamente capinando para o trabalho. Genial!
"Esse filme conta-nos a aventura do homem perante a vida e que tem de optar entre a sua profunda realidade e a aparência de sua realidade, a do artista perante a sua arte, tentado a escolher a beleza pura e enganadora contra a verdade da beleza da verdade e a verdade da beleza. É que vida e arte não são senão uma só e mesma experiência, uma exterior, outra interior:uma objetiva, outra subjetiva"( Jean Douchet).
Precisamos lembrar que nesse conto moral, quando as personagens voltam à terra e abandonam sua vãs ambições/obsessivas, o telúrico mais áspero reencontra uma atmosfera de onirismo aéreo, do ar do espaço sobreposto à terra em que estão detidamente capinando para o trabalho. Genial!
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