sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Acorda,Brasil!




"Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em escolas públicas.
Uma idéia muito boa do Senador Cristovam Buarque.Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, etc.)seja obrigado a colocar os filhos na escola pública.
Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país pode (até) melhorar.E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil."

Aliás,de qualquer tipo de ensino,público ou privado.Mas,só pra começar,rascunhar,com uma boa escola pública no país para que,por exemplo,as polêmicas cotas?...

"SE VOCÊ CONCORDA COM A IDÉIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM"

Sim,sim,o projeto tende a passar se houver pressão da opinião pública.

Pois é,pode ser duro dizer,mas sem educação não dá sequer para "despistar" a barbárie a que nos acostumamos ou estamos nos acostumando,infelizmente.
Aliás,que importa os rumos positivos da economia,de um comércio exterior com a educação emperrada?As míseras bolsas quando não se sabe o que fazer com elas?

De que adianta modernização informatizada,sem saber ao menos o que pode haver de melhor para pesquisar,saber selecionar,estabelecer critérios?

Um progresso que corre desesperadamente para frente sem sustentação(o problema do meio ambiente não é único,isolado),capacidade de avaliação,autoavaliação,senso crítico.

Da mesma maneira não adianta separar educação de cultura,assim como meio ambiente de problemas sociais.

Ou seja,se o cara não sabe ouvir um homem(Nelson Rodrigues dizia há mil anos atrás que o brasileiro não sabia ouvir),como ficaria no caso daquela música Borzeguim,do Tom Jobim(ecologista avant la lettre,da época em que ainda não haviam inventado o termo):"Ouça o mato"?
Se o Nelson dizia do brasileiro não saber ouvir,que diria hoje,na era das relações virtuais e do corre-corre alucinante.

Adiantam tantas mediações,estatísticas,folhetos,se o tête-a-tête se reduz,se atomiza?

Ou sensibilização agora tem de ser sempre estigmatizada como sendo papo de Emo?Estereótipos.Raciocínio preguiçoso:"Raciosímio".

O mundo agora se dividirá entre emos e não emos?Claro que não.
Ou o macho,machão mais que enraizado,histórico,pré-histórico vai insistir na velha mesma tecla de que sensibilidade é papo mole.Ou de romantismo gótico,ou o c. a quatro..ops,pardon..

"Poesia é coisa de chorão".Mas se tu choras e admite,certamente é mais macho que o de praxe que tem de se ficar se autoafirmando milenarmente como em propagandas de cerveja,
Viriliessssssssss.Ah,tá.Conta outra,boneca enrustida.

Ou tal como aqui,nesse interior, que às vezes parece o inóspito sertão."Mexer com mulé minha,eu mato".
Medo não vamos falar de quê,ou vamos:cagando de medo da possibilidade de alguém saber que sente medo."Teme o medo".
E isso enquanto certos grupos femininos se articulam e até acrescentam um novo know-how,modus-vivendi à empresas,os babacas a ficar eternamente se preocupando,consciente e inconscientemente,com o que os outros poderiam pensar dele tão homi.

Mas,ao que interessa,o que os piões da "intelectualidade" teriam a dizer do "meio ambiente"?Os patrulhadores acadêmicos ou machos da palavra, latinos colonizados.
Já que beletrismo é papo de brasileiro com medo de continuar na cozinha,na senzala,desde quando nossos "pais" lusitanos cindiram a língua em duas:
"Respeitáveis" para um lado,concursados,graduados e Cia.
"e Tu,ralé nacional,povão,não beletrista,recolha-se à sua insignificância de linguagem "menor",

Ah,sim,a do dia-a-dia,da "vida como ela é"(iiih,Nelson de novo).
Bem,nem sou eu que digo, isso já foi(deveras)estudado.Pesquisadores ainda servem pralguma coisa.

Recolho-me ao meu abrasileiramento não lusitanista,e agradeço aqueles(de cor).
.

Mas,quanto aos(ditos) ecológicos..."Salvem as baleias".
Não.O que queria dizer no início desse piar de pássaro enferrujado de quase fim de semana,é que salvemos nossos ouvidos primeiramente para poder ouvir atentamente no rápido,embalsamado tempo,
aquele que não se dá(tempo)para ouvidos mais finos,atentos..No caso,sem tantas mediações e virtualidades.

Desculpa esse tão somente,minimalista chiado,se incomoda "o ronco da buzina do meu carro"(Noel Rosa).
Pardon por essa cacofonia,como no início do filme Eclipse,do Antonioni,a querer parar o ritmo dessa(pseudo)civilização sem buracos, lacunas para ver...
mas agora estamos a falar de ouvir,dessa pausa para ele...
O mato do Tom,sem tantas mediações.
Mas antes,esse meu silêncio,ou chiado,o teu silêncio, oco grave ou somente oco(não importa)
..ou não te(me ouço)um pouco,
autista do tempo privatizado,abandonando um pouquinho suas( ou minhas) "causas" privadas,
no tatibitate virtualístico,
ou na visão de guetos,a nascer na própria casa:
reduto da "segurança" burguesa,quem sabe em um condomínio fechado,higiênico ou

no trabalho desinfetado em que alguém que passa,passa a passar
e a pensar se "redimir" para os "céus"...céus vitrificados.

Ou na orgia desesperante,de corpos gastos,engastados nos pastos das "Festas da Cerveja",da(re)programação hedonista de corpos que sugam(não gozam)
,desconhendo real sexualidade,
seja virando clones desse canal em que insiro dados codificados,eletrônicos,..

Desculpe,é sono,sexta-feira.Mas tudo isso tem a ver com educação.Ambiental?Social? Numa palavra,educação:
Disso,queria dizer que,caso concordem com o ilustríssimo senador,se puderam ouvir sua reivindicação de lei em meio à circular disseminação de informações inúteis,retroalimentares de lama e tautológicas banalidades,navegando(ou naufragando)no top vazio,ao menos divulguem a proposta.Terá sido bom.

De bom grado,

Obrigado.

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