quinta-feira, 10 de março de 2011

Comunicação e Informação- primeira parte





"De fato, até 1995 nos USA e 1998 no Brasil, por exemplo, o ciberespaço ainda se constituía como uma estonteante zona livre, na qual a informação e a comunicação facilmente acessíveis corriam por conta de pessoas interessadas e motivadas, o que estimulou uma possível fantasia sobre uma possível reviravolta nas formas de poder social. Os que pensam o mundo sob um prisma materialista brincaram com a idéia de que o “mundo imaterial” das redes computacionais estava criando um novo espaço social despojado de formas tradicionais de propriedade ” (Turckle).


...quaisquer tentativas de predição em tempos tão tumultuados beiram o impossível.


" Utopistas como Negromonte e Lévi, cultivam não só a magia da tecnologia, mas mantém uma crença mitológica de que o capitalismo é um mecanismo justo, racional e democrático, que é benigno e natural. Nessa posição apolítica, deixam, no entanto, de ver que a economia global informacional é a mais recente expressão da mobilização capitalista da sociedade.

A revolução da informação não é simplesmente uma questão de progresso tecnológico. Ela também é significativa para a nova matriz de forças políticas e culturais que suporta. Os recursos tecnológicos de informação e comunicação estabelecem as condições para a escala e a natureza das possibilidades organizacionais, permitindo o desenvolvimento de organizações burocráticas complexas e de larga escala.


Tendo isso em vista, pode-se esperar que, sob o semblante de um espaço aberto, livre e infinitamente navegável, as redes também são crescentemente reguladas pelos mecanismos reinantes do consumismo. Sob a virtualização das relações de conhecimento encontra-se a virtualização de organizações e empresas em rede, comercialmente orientadas" (Robbins e Webster).

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