terça-feira, 15 de março de 2011

"Concluindo", só por ora





“ Enfim, longe de estar emergindo como um reino de algum modo inocente, o ciberespaço e suas experiências virtuais estão necessariamente impregnadas das formas culturais e paradigmas que são próprios de um capitalismo global...


O ciberespaço, por isso mesmo, está longe de inaugurar uma nova era emancipadora. Embora a internet esteja revolucionando o modo como levamos nossas vidas, trata-se de uma revolução que em nada modifica a natureza e identidade do montante cada vez mais exclusivo e minoritário daqueles que detêm as riquezas e continuam no poder. “

(Castells)- do ítem: Nada de novo debaixo do sol



"Há quem considere o movimento da história como sendo algo ascendente ou progressivo.

Possivelmente, como quem considera que as artes tendam, implacavelmente, a um movimento de evolução.

Contudo, tanto em um caso quanto em outro estamos diante de movimentos circulares. As coisas, de algum modo, se repetem sob pequenas diferenças e/ou vestimentas.




Mas, mesmo que a internet se torne prioritariamente um meio de consumismo e entretenimento eletrônico, sempre haverá algum espaço para que uma pleitora de vozes seja ouvida pelo mundo afora- para o melhor ou para pior- por um custo menor, levando-se em conta, claro, alguma inclusão digital para países como o nosso.

Nesse caso, franqueia-se possibilidades para que um número incontável de posturas, fundamentações, convicções esteja tirando disso suas vantagens. Do contrário, poderiam estar silenciadas ou marginalizados.

Se a ocupação do espaço era impossível nos meios de massa, o ciberespaço opera também por vãos, brechas para a comunicação, informação, conhecimento, educação. Para a formação de instâncias estratégicas que podem ou devem ser exploradas com um faro criativo, antes que o capital termine por realizar a proeza de colonizar o infinito.”


Ps. Ou, se "já colonizou", há sempre exceções, outra vozes.

(Santaella/ Alessandro).

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