quarta-feira, 4 de maio de 2011

Amorim sobre a pendenga braçal do Código Florestal





O produtor de soja brasileiro na Amazônia só pode produzir em 20% de sua propriedade. No cerrado, em 30%...

Rebelo quis isentar o pequeno proprietário rural – dono de até 4 módulos fiscais – de ter que recuperar a vegetação nativa que tiver derrubado até julho de 2008.

O módulo fiscal varia de município para município e é de 300 hectares na Amazônia, e de 70 em São Paulo.

Trata-se de 4 milhões e 300 mil proprietários rurais no Brasil, de um total de 5 milhões e 200 mil.

É gente que produz para si, a família, e um pequeno núcleo na comunidade. Tentar fazer com que recomponham a mata nativa, em muitos casos, será condená-los à fome.

São proprietários que, no Brasil, na média, têm uma renda mensal entre um e dois salários mínimos. Porém, o Governo preferiu que Rebelo retirasse esse ponto do relatório que começa a ser discutido hoje, e amanhã deve ser votado na Câmara.

Para Rebelo, com isso o Governo revela total desconhecimento da realidade do campo. O que deve significar, segundo Rebelo, uma derrota expressiva do Governo.

Segundo Rebelo, a grande maioria vai aprovar o relatório dele.

E no item que for votado em separado – essa isenção de recomposição da mata nativa para o pequeno proprietário, o Governo deve perder feio ao votar contra a maioria dos pequenos.



"Por que o Governo da Presidenta Dilma reagiu assim, ao relatório Rebelo ? As considerações que se seguem são de autoria deste ansioso blogueiro.

Rebelo não tem nada a ver com elas.

Este ansioso blogueiro não tem duvida de que o fantasma da Blá-blá Marina estava atrás da porta do ministro Tony Palocci, enquanto ele negociava com Rebelo.

Além, é claro, da natural inclinação do Tony por posições que coincidam com as do concorrente brasileiro.(Ou não foi ele quem, no WikiLeaks, se ofereceu para defender a ALCA, do presidente Bush, em aberto desrespeito à posição do chefe, o Presidente Lula, e do excelente chanceler, Celso Amorim?)

O Governo da Presidenta Dilma deve ter preferido fazer uma reverência à classe média “verde”, aquela que se mobilizou com a Blá-blá Marina e, depois, em parte, como Padim Pade Cerra, que subiu ao altar de manto de linho verde.

O veto ao perdão aos pequenos só se explica com a Marina.

É impedir que a assim chamada “classe média” do James Cameron chame a Presidenta Dilma de “devastadora”. Só pode ser isso.

É onde o interesse não-nacional se encontra com a conservação da natureza – da Holanda".

(Paulo Henrique Amorim)




Podemos pensar que a maioria da população de "classe média" hoje pareça carregar em seu lombo uma única causa- a do meio ambiente. A mesma, infelizmente, não costuma vir acompanhada de uma visão menos fragmentária da coisa a partir de bandeira verde-água.

Qual seja, o moço ou moça, senhora ou senhor que prossegue no instituído programa " consumindo à beça", termina por lançar fora de seu arcabouço patrimonial um belo de um lixo tóxico.

Já que o produto, cibernético ou industrial deverá ser descartado e substituído por outro- teoricamente mais avançado-,...e assim por diante. A máquina precisa girar. O planeta não.


Nessa brincadeira de "mobilização", o trabalho precarizado é deposto para um segundo plano, em nome da bolha hippie de James Cameron e seus avatares.


Ps 1-Ok, como filme tem seus méritos de ser um "Dança com Lobos" com roupagem futurista, New Age. Se for mérito...


Ps2- Na foto, Britney Spirro de visual pandorense.

(Alessandro)

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