segunda-feira, 23 de maio de 2011







Sem internet em casa e o pen-drive estragado, aproveito o momento na lan para tecer algumas breves estrelas, ou comentários a respeito da turnê de Paul McCartney em Quebec, França, cujo repertório foi mais ou menos semelhante ao executado por aqui, em Terra Brazilis:

Jet- Das melhores músicas de seu clássico disco “Band on the Run”.

A versão ao vivo reforça um peso necessário: 4 estrelas.


Ps- ( Bom lembrar que saiu nova versão de " Band on the Run" em cd, em que a sonorização nos traz um novo disco quando comparado à fraca remasterização anterior).


2- Drive my Car - Música inovadora a abertura do grande “Rubber Soul” ( 1965), dos Beatles: 4 estrelas

3- Only Mama Knows- Grande faixa do cd solo "Memory Almost Full", em versão- pasmem!- superior à original.

4--All my loving- 5 estrelas

5-4-Flaming Pie - Confesso não ter ouvido, até por não ser das que mais gosto do (ótimo) cd homônimo de Paul.

6-Got to Get to into my life - Como bem disse um amigo, os metais ao vivo ajudariam essa música, estilo poesia de Walt Whitman em canto à liberdade lírica- lançada no grande “Revolver”, dos Beatles (1966).

Permanece a grande pegada e a capacidade de cantá-la aos quase 70 de idade: 5 estrelas

7-Let me Roll it- Cansei de ouvi-la ao vivo.

Aqui ele acrescenta uma variante rockeira, e se dá bem: 4 estrelas


8- C Moon- Esse reggae- de piano e metal bem apanhados- soa bacana, despretensioso: 3 estrelas e meia.

9- My love- Mais do mesmo: 3 estrelas.

10- Let em In - Grande música, em versão superior à original de 76.

Em Quebec, soa mais sóbria que a interpretada na Rússia. Ambas genias, em todo caso: 5 estrelas.

11- Fine Line- Do cd "Chaos and Creation", um de seus melhores, atinge o feito de também superar a versão original.

Piano "seco, tenso" executado por Paul, a evocar a chamada música modal: 5 estrelas.

12- The Long and Windind road- É uma dessas que dispensam rótulos, não importa se gravada- ou não- em disco de rock/pop.

Feita em qualquer época, a grandeza permanece: 5 estrelas.

13- Dance Tonight- Embora longe de ser a melhor faixa do cd "Memory Almost Full", é baita abertura para o mesmo.

O vigor permanece: 4 estrelas.

14- Blackbird- Paul, certa feita, disse que gostava de impressionar madames, ao tentar improvisar algo de Bach ao violão.

Simplificando a coisa, daria em “Blackbird”. De suas melhores colagens: letra e música.

De aparência singela. A rigor, precisa, econômica e contundente como poucas: 5 estrelas


15- Calico Skies- O acordeon funciona bem: 5 estrelas

16- I ´ll follow the sun- Mais um dos feitos de superar a original, lançada no disco “Beatles for Sale”.

Com mais pegada e cadenciada: 5 estrelas.

17- Michelle- O artista erra a letra ao final e conserta belamente.

Os vocais do “Rubber Soul” retornam. Coro: 5 estrelas.


18-Mrs. Vanderbilt- Talvez a melhor faixa do aclamado “Band on the Run” volta em versão cadenciada.

Parece ser a melhor música de Paul Simon, da fase "World Music". Mas quem a compôs e gravou foi o ex-Beatle mesmo: 5 estrelas.

19- Eleanor Rigby- Dispensa comentários e até orquestra original: 5 estrelas.

20- Something- Começa por ser tocada ao som de um pequeno Ukelê, de forma despojada. Repentinamente, o solo de guitarra do velho Harrison dá as caras e a coisa ganha organicidade.

Excelente homenagem: 5 estrelas

21- A Day in the life/ Give peace a chance- Formidável versão da música de fecho apoteótico, presente no disco Srg Pepper´s ( 1967). Alucinante a parte composta por Paul, com baixo e piano "jazziados": 5 estrelas.

Já a emenda final, com o hino de paz de Lennon não emplaca. Até porque “Give peace” é musicalmente fraca perto da anterior: 2 estrelas.

23- Too Many People- Faixa de abertura do excelente disco solo “Ram”, de 1972.

Ao vivo, quase se torna um jazz, com o artista a segurar altos vocais: 5 estrelas.

24- Penny Lane - Nunca considerei que essa música de câmara funcionasse bem ao vivo.

Para a gravação original, Paul soprou o solo memorável de trompete para o músico da "Filarmônica de Londres".

Ao vivo e na falta de metais, cabe talvez: 3 estrelas e meia.

25- Band on the Run- Versão mais pesada que a original, embora a música não se defina por isso.

Feita de belas pontes/variações: 4 estrelas e meia.

26- Birthday- Grande vocal de Paul e trabalho lúdico de banda: 5 estrelas.

27- Back in the USSR- A atmofera um pouco mais pesada a prosseguir com 5 estrelas.

28- I´ve got a feeling- O coroamento do tipo de clima instalado no show a partir de “Band on the Run”.

Essa versão consegue o milagre de se equiparar à original, presente em “Let it Be”, disco lançado em 1970 em tom de despedida dos Beatles.

Ao vivo, um pouco mais discreta, mas sem perder o peso, o feeling: 5 estrelas.

29- Live and Let Die - Mais do mesmo dispensável, sobretudo com aqueles fogos...

30- Let it be- O grande gospel de Paul emplacou melhor na Rússia do que na França. Seu intimismo, contudo, parece não combinar com esse tipo de show.

De qualquer forma: 3 estrelas e meia.

31- Hey Jude: A herança da música negra, novamente, na fabulosa canção que Kiko Zambianqui tentou, mas não conseguiu estragar.

Os franceses em comunhão com um grande hino, de maneira que nunca vi em shows de rock, ou do próprio McCartney: 5 estrelas.

32- Lady Madonna - Sóbria, com o teclado a fazer vezes de sopro de jazz.

Sofisticada, contém ainda uma das melhores letras do músico: 4 estrelas e meia.

33- Get Back- Talvez por medo de desgastes, via inócuas versões ao vivo, não encarei.

34- I saw her standind there- A explosão de Paul, que abre o primeiro disco dos Beatles ( "Please Please me") mantém a força, magia e certa sobriedade: 5 estrelas.

35- Yesterday- Não ouvi a bela sonorização dos arranjo de cordas nessa versão.

Pode ser problema de captação de som para transmissões ao vivo, não sei. Em todo caso, parece ser a mesma: 4 estrelas.

36- Srg. Pepper- parte 2- e The End: Após o tom mais baixo de “Yesterday”, a despedida engata muio bem, para depois retornar a um dos pontos altos do disco " Abbey Road":

O melhor da música modal-de pegada-, junto ao melhor da tonal-: melódica e harmônica. The End.

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