
Das músicas de Jobim, pinço as melhores e com nomes de mais fácil lembrança.
Importante fato é que existem versões mais fracas de cada uma delas. Portanto, tudo aqui dependerá do tipo da fonte encontrada:
"O Morro não tem vez"- Não as versões que surgiriam após, mas a com a orquestração formidável do maestro e pegada jazzística: sobretudo ao final, com o ritmo sincopando força e liberdade.
"Só tinha de ser com você"- A versão cantada pelo próprio Tom, com crescendo explosivo de erótico jazz.
"Wave"- Instrumentais. A com parceria de Herbie Hancock é um dos achados.
"Two Kittes"- Só conheço essa: flanante, vigorosa, com nítida influência dos compositores norte-americanos- como Gershwin e Porter-, em apropriação acelerada.
"Eu não existo sem você"- Versão com a cantora da Nova Banda e violoncelo único: " é luxo só !".
"Matita Perê"- Música sobre exilados. Há, sobretudo, Drummond, Guimarães Rosa em genial síntese.
"Trem De Ferro"- Musicalização do poema homônimo de Manuel Bandeira.
Sincronia perfeita entre letra e música, ricas onomatopéias, quebras e dissonâncias na orquestração imprevista.
"Ana Luiza"- Música lenta a relacionar erotismo e natureza: qual seja, partes da natureza equivalendo ao corpo da amada sendo descoberto.
Por essas ( e outras ), Tom foi seu melhor letrista, ao unir despojamento e poesia.
"Borzeguim"- A versão em piano forte de jazz, em inquieto andamento ascendente.
"Pato Preto"- Melhor "música nordestina" composta por um carioca. Lúdico absoluto.
"Garota de Ipanema"- Versão mais acelerada, somente com Tom ao vocal, a realizar scating sambista, clássico e jazzista em sua rouca voz. Orquestração bem dosada e vivacidade. Versão definitiva!
Nenhum comentário:
Postar um comentário