quarta-feira, 20 de abril de 2011

Tons pinçados






Das músicas de Jobim, pinço as melhores e com nomes de mais fácil lembrança.

Importante fato é que existem versões mais fracas de cada uma delas. Portanto, tudo aqui dependerá do tipo da fonte encontrada:


"O Morro não tem vez"- Não as versões que surgiriam após, mas a com a orquestração formidável do maestro e pegada jazzística: sobretudo ao final, com o ritmo sincopando força e liberdade.


"Só tinha de ser com você"- A versão cantada pelo próprio Tom, com crescendo explosivo de erótico jazz.


"Wave"- Instrumentais. A com parceria de Herbie Hancock é um dos achados.


"Two Kittes"- Só conheço essa: flanante, vigorosa, com nítida influência dos compositores norte-americanos- como Gershwin e Porter-, em apropriação acelerada.


"Eu não existo sem você"- Versão com a cantora da Nova Banda e violoncelo único: " é luxo só !".


"Matita Perê"- Música sobre exilados. Há, sobretudo, Drummond, Guimarães Rosa em genial síntese.


"Trem De Ferro"- Musicalização do poema homônimo de Manuel Bandeira.

Sincronia perfeita entre letra e música, ricas onomatopéias, quebras e dissonâncias na orquestração imprevista.


"Ana Luiza"- Música lenta a relacionar erotismo e natureza: qual seja, partes da natureza equivalendo ao corpo da amada sendo descoberto.

Por essas ( e outras ), Tom foi seu melhor letrista, ao unir despojamento e poesia.


"Borzeguim"- A versão em piano forte de jazz, em inquieto andamento ascendente.


"Pato Preto"- Melhor "música nordestina" composta por um carioca. Lúdico absoluto.


"Garota de Ipanema"- Versão mais acelerada, somente com Tom ao vocal, a realizar scating sambista, clássico e jazzista em sua rouca voz. Orquestração bem dosada e vivacidade. Versão definitiva!

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