sexta-feira, 8 de abril de 2011

Estado de Sítio- parte 1





“O relatório da comScore aponta que 60 por cento de jovens e adolescentes passam seu tempo total on-line em sites de entretenimento, mensageiros instantâneos e redes sociais.

A pesquisa Playground Digital, realizada pela Nickledon, revelou que as crianças brasileiras ocupam o segundo lugar do ranking das que mais acessam redes sociais (67 por cento)- perdendo apenas para a China (79 por cento)-, e com sua popularidade sendo pautada pela quantidade de amigos virtuais, gadgets que possuem e placares nos jogos de rede.


Pode-se acrescentar que várias crianças têm migrado para redes sociais que possam oferecer maior segurança, como o Faceboook e o Twitter, seja por conta própria, seja por insistência de pais ou irmãos mais velhos. Seria uma forma de “comprar a proteção”, como se a comunidade virtual passasse a ser definida mais por suas fronteiras vigiadas do que por seu conteúdo.



Pierre Bourdieu, por sua vez, defende a ligação entre o colapso da confiança e o enfraquecimento da “vontade de engajamento”. Em alguns casos, extremamente protegidas nos mundos físico e virtual, crianças ficam impedidas de se mover. Fortemente controladas pelos adultos, passam cada vez mais tempo em suas casas e condomínios. Tal processo causa verdadeira confusão mental para os “Digital natives” que, apesar de participarem de uma fluida realidade virtual, mal saem de seus bairros.

Essa dúvida também existe em adultos. Pessoas cada vez “menos engajadas” e mais desconfiadas, que se encasulam em pequenos e modernos apartamentos, vivendo a realidade dos grandes centros urbanos".

( A partir de Jackelin Wertheimer Cavalcante)

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