domingo, 26 de junho de 2011

O Nó da Educação - 3






" Costuma-se dar nome para dificuldades de aprendizado. Por exemplo, a dislexia, a hiperatividade e outras. Medicações são usadas para conter, organizar, fazer concentrar, sossegar na cadeira. Comichões de inquietude alfinetam o corpo. Seria expressão da ansiedade, fuga ativa da angústia, agitação pela depressão? Medicação é calar este sintoma?

Tudo se resume ao interesse e, se o objetivo for maior, superamos as dificuldades e damos um jeito de aprender aquelas coisas terríveis que um dia pensamos não servir para nada mais na vida. Sacrifícios fazem parte de nossa vida na cultura.

Resistência

Conteúdos ligados a determinados assuntos precisam ser recusados por estarem ligados a cadeias condenadas a não virem à luz da consciência, pois desencadeariam ideias temidas e insuportáveis. Contê-las, no entanto, produz sintomas e mal-estar.
Condena ao fracasso do sujeito.

É pela escuta das palavras que abrimos caminho até um material retido para que seja recuperado. Reencontramos um saber soterrado, assim como na arqueologia as escavações vão descortinando marcas de uma civilização perdida.

Por isso, o saber nem sempre é simples. Porque aprender é tocar em temas dos quais não queremos saber.

São marcas dos nossos insuportáveis que medicação nenhuma apaga".

( Regina Teixeira Da Costa)

Fotos:" Peixe Grande", de Tim Burton e " A Dama na Água", de M. Night Shyamalan

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