sexta-feira, 3 de junho de 2011

Papo de Lan-House






Sobre a possível última vinda de McCartney ao Brasil, alguém chegou a comentar que seu tipo de show não valeria a pena, que seria algo do tipo : “mal organizado, barulhento e, sobretudo, caro”.

Muitos podem pensar que, para um cara com tanta grana, algo distinto poderia mesmo se dar, tanto mais não sendo Paul um músico exclusivamente de rock e que, de fato, não haveria mais onde enfiar tanto dinheiro.

A se levar em conta argumentos que respeito, não teve, contudo, como não lembrar que tal estratégia se repete em bandas como o U2, por exemplo. O que talvez deva ser "pior", se seguirmos a mesma linha de raciocínio:

Nesse caso, fazem uso de um discurso deveras “politicamente correto” ( nada contra o mesmo em si) - e nem por isso deixam de investir no mesmo tipo de show de luxo -, enquanto McCartney se preocuparia com sua música, como o provam os discos desse milênio “Chaos and Creation”, “Driving Rain” e Memory Almost Full”, para não falar em “Flaming Pie”.

Bono e U2 destinariam o bolo de todos os seus shows para a caridade? Se alguém sabe disso, é porque propalariam o fato aos quatro ventos.

Quem garante que outros não o façam, mas sem divulgar de sua benemerência?


Nesse caso, o que podemos pensar do caso de um artista como Bob Dylan? Comportamento excêntrico, é também conhecido por letras de forte cunho social.

Pois bem, os shows do homem " da contracorrente” são igualmente caríssimos.


Não me interessa, nesse espaço, pegar leve com McCartney no quesito. A pergunta é:


O que tem feito, afinal, de tão distinto da imensa maioria dos atuais ou inatuais. Principalmente, dos descaradamente posers em marginalidades ou "politiquezas"?

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