quinta-feira, 14 de julho de 2011

Breve Histórico da crítica: Aprendendo a ver- 2





"François Truffaut, Éric Rohmer, Jacques Rivette, Jean Douchet, Claude Chabrol, Jean-Luc Godard ( quase todos esses chamados "jovens turcos" escreveram sobre esse filme) praticaram um elogio veemente de "Janela Indiscreta" em nome de uma ideia radicalmente nova de cinefilia que também é fonte crítica de seu futuro cinema- a nouvelle vague: o pensamento de um cineasta toma forma cinematográfica por meio da mise em scène, e pelo que também podemos chamar de seu "olhar".

Segundo essa visão, poderíamos dizer que Hitchcock "deu-se a ver intimimamente" ( gripo meu) na tela, uma visão mascarada, decerto, mas em que a máscara formal é mais reveladora do que um sólido roteiro de filme. Quem vê um filme de Hitchcock aprende a reconhecê-lo como mestre das formas e detentor de um olhar particular; aprende a reconhecer o próprio cinema.

Hitchcock seria o cinema de 1955, assim como os "jovens turcos" ( mas não só) serão o de 1960.

O que dizem de Hitchcock pode ser estendido a uma série de cineastas, principalmente norte-americanos, que constituem a matéria viva dessa invenção do cinema pela crítica, o que ela mesma chamou de política dos autores: Hitchcock, Howard Hawks, Vincente Minnelli, Fritz Lang, Robert Aldrich, Samuel Fuller, Otto Preminger...ou Jean Renoir, Rossellini, Becker, Guiltry...

Cineastas longe de serem desconhecidos na época, mas que, quando eram americanos, gozavam de reputação essencialmente comercial, e quando europeus, evocavam uma presença do "passado" ( o lugar comum do momento consistia em dizer que Jean Renoir, Rossellini e Becker eram cineastas que "haviam sido importantes"; quanto a Guiltry, nem sequer existia).

O esforço concentrado dos "jovens turcos", sua maneira de aprender a ver, consistiu em dizer e clamar em alto e bom som que, do ponto de vista da misce en scène, esses cineastas existiam mais do que os outros.

Porém, ao aprender a ver esse cinema, os "jovens turcos" inventaram, ao mesmo tempo, o seu cinema ( sua prática): a nouvelle vague".

Um comentário:

  1. Bom dia

    Um Salmo, sem motivo especifico por ter deixado no seu blogger, mas especifico para que leia, simplesmente pela leitura das Escrituras de Deus, que sempre fala ao nosso SER.



    SALMO 3
    1 SENHOR, como se têm multiplicado os meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim.
    2 Muitos dizem da minha alma: Não há salvação para ele em Deus. (Selá.)
    3 Porém tu, SENHOR, és um escudo para mim, a minha glória, e o que exalta a minha cabeça.
    4 Com a minha voz clamei ao SENHOR, e ouviu-me desde o seu santo monte. (Selá.)
    5 Eu me deitei e dormi; acordei, porque o SENHOR me sustentou.
    6 Não temerei dez milhares de pessoas que se puseram contra mim e me cercam.
    7 Levanta-te, SENHOR; salva-me, Deus meu; pois feriste a todos os meus inimigos nos queixos; quebraste os dentes aos ímpios.
    8 A salvação vem do SENHOR; sobre o teu povo seja a tua bênção. (Selá.)


    Abraços

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